sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aula #012: Arte Antiga - Arte Egípcia

- Uma das principais civilizações da Antiguidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
- A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
- Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
- O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.

- A arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia, sendo aplicada principalmente a peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida à morte é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena à vida após a morte, à vida eterna e suprema.

- Como a verdadeira vida só se obtinha depois da morte, três aspectos se devem considerar:
• a mumificação do corpo, para evitar sua destruição;
• o duplo, uma espécie de exemplar idêntico, que transmigrava, na busca da perfeição;
• a alma que animava o duplo e era dele a parte mais sutil. Assim, a imagem de tudo que pertencia ao duplo também tinha duplos. Por isso, tudo era representado nos túmulos por meio da pintura e do baixo-relevo.

- Os principais temas das gravuras egípcias eram as ações dos deuses, a vida de reis e rainhas, autoridades, vida após a morte, religião e cotidiano.
Nas gravuras tumulares, por exemplo, os temas eram sempre a história do morto e a passagem para o mundo dos mortos. Nos templos, os temas eram sempre as ações dos deuses e a divindade do rei, o faraó.

Suas características gerais são:

- ausência de três dimensões;
- ignorância da profundidade;
- colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
- Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.
- Horror vacui: O medo de espaços vazios. Arte cheia de figuras.
- Escala hierárquica: Arte mostrando figuras mais importantes maiores do que menos importantes figuras.
- Hieróglifos: escrita Egípcia - composta de pictogramas.

- Na arquitetura, estas características gerais se traduzem nos seguintes princípios:
• solidez e durabilidade;
• sentimento de eternidade;
• aspecto misterioso e impenetrável;
• dominantes horizontais (predomínio da largura sobre o comprimento);
• predominância dos cheios sobre os vãos;
• predomínio da aparência sobre a realidade.

- Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Os túmulos são divididos em três categorias:
• pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
• mastaba - túmulo para o nobre;
• hipogeu - túmulo destinado à gente do povo

Para baixar a apresentação sobre arte no Egito, clicar em "012_egito".
Para baixar a apresentação sobre arquitetura no Egito, clicar em "012_egito_arquitetura".
Para baixar texto de apoio com questões sobre arte no egito antigo, clicar em "2013_texto_ativ_06_hist_art_3EM".

Pincei dois vídeos sobre egito no Youtube pra fechar o estudo de Egito Antigo, um do Professor Fúlvio Pacheco e outro do canal Arte/educação, que vocês já conhecem de postagens anteriores.

Arte no Egito - Fúlvio Pacheco



Arte do Egito Antigo

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Abraço!

Fabio Vicente

Aula #011 - Arte Antiga: Arte Mesopotâmica


Lembrar que a Arte Mesopotâmica não é um tema que cai com frequência em vestibulares, mas é fundamental pra fazer a ponte entre pré-historia e Egito.
A arte da Mesopotâmia desenvolveu-se ao longo de muitos séculos e de diferentes civilizações, não sendo, portanto, muito coesa em suas manifestações. A arquitetura, mais desenvolvida das artes, não era porém tão  notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. 
Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região. O zigurate, torre de vários andares com função de templo, foi a construção característica das cidades-estados sumerianas. Nas construções, empregavam argila, ladrilhos e tijolos.
Assim como os egípcios, desenvolveram seu sistema de irrigação o que permitiu vida próspera, baseada na agricultura em grande escala.
Dominavam a metalurgia, construiram ferramentas, importantes como o arado; criaram armas, promoveram guerras; desenvolveram o uso da roda como meio de transporte; prosperaram devido as trocas comerciais e culturais.
Inventaram a escrita cuneiforme e com ela registraram e codificaram suas leis (código de Hamurabi - "Olho por olho, dente por dente"), desenvolveram a literatura épica - com Gilgamesh -, a literatura histórica - boletim de guerra assírio -, e criaram seu sistema matemático, com “base-sessenta”.

Para baixar a apresentação sobre mesopotâmia usada em aula, clique em: "011_mesopotamia".
Para baixar texto com atividades sobre arte na Pré-história e na Mesopotâmia, clique em "2013_texto_ativ_05_hist_art_3EM". É o mesmo texto da aula anterior.

Pincei no Youtube mais um vídeo, pra complementar o estudo, no canal Arte/educação:



E este outro, sobre os famosos jardins suspensos, vídeo para a disciplina de Paisagismo II, do curso de Arquitetura e Urbanismo da FURB/Blumenau-SC.



Abraço!

Fabio Vicente

Aula#010: Arte Antiga - Arte Pré-Histórica

Consideramos como arte pré-histórica o conjunto de manifestações plásticas do homem, no período anterior à invenção da escrita (30.000 a 10.000 anos). Como é um período longo, se levarmos em conta a história desde o surgimento do homem, com grande variedade de produção, por povos diferentes e em locais diferentes devemos estudar as CARACTERÍSTICAS COMUNS. Assim, para uma melhor compreensão estudaremos as principais características de dois grandes períodos: o Paleolítico e o Neolítico. Segue nossa videoaula e, em seguida, alguns tópicos para complementar suas anotações.

Videoaula 001 - Arte Pré-histórica - Prof. Fabio Vicente



- Paleolítico - mais antigo - Idade da Pedra Lascada - Arte parietal: Expressões artísticas mais naturalistas – traços feitos nas paredes / mãos em negativo.
- Imagens: carregadas e com traços fortes.
- Materiais: óxidos minerais, ossos carbonizados, carvão, vegetais, sangue e gordura de animais..

- Neolítico - mais recente - Idade da Pedra Polida - Arte Rupestre, em abrigos de pedra - Criam técnicas de tecelagem e cerâmica - Primeiras casas
- Representação: Naturalista, se tornando cada vez mais simbólica X figuras geométricas (que não buscam imitar a natureza)- Figuras Humanas – poucos traços e cores / formas apenas sugeridas / idéia de movimento

- Temática - cotidiano. Animais, pessoas, caçadas, coleta, danças, etc. FUNÇÃO: MAGIA e RELIGIÃO.
- Processo evolutivo semelhante ao da escrita, sobretudo na escrita ideográfica.
- Ornamentos corporais - anteriores à pintura, como colares, e, depois magníficas estatuetas, como as famosas “Vênus”.

- Algumas cavernas pelo mundo, que demonstram a arte parietal::
Caverna de ALTAMIRA, Espanha, quase uma centena de desenhos feitos a 14.000 anos, foram os primeiros desenhos descobertos, em 1868. Sua autenticidade, porém, só foi reconhecida em 1902.
Caverna de LASCAUX, França, suas pinturas foram achadas em 1942, têm 17.000 anos. A cor preta, por exemplo, contém carvão moído e dióxido de manganês.
Caverna de CHAUVET, França, há ursos, panteras, cavalos, mamutes, hienas, dezenas de rinocerontes peludos e animais diversos, descoberta em 1994.
Gruta de RODÉSIA, África, com mais de 40.000 anos.

- As mais importantes pinturas rupestres do Brasil:
PEDRA PINTADA (PA), aqui, em 1996, a arqueóloga americana Anna Rosevelt achou pinturas com cerca de 11.000 anos.
PERUAÇU (MG), tem vários estilos de pinturas entre 2.000 a 10.000 anos. Exibe espetaculares desenhos geométricos.
LAGOA SANTA (MG), suas pinturas de animais, conhecidas desde 1834, têm entre 2.000 e 10.000 anos de idade.
SÃO RAIMUNDO NONATO (PI), segundo Niède Guindon, da Universidade Estadual de Campinas, possui vestígios humanos de 40.000 anos e pinturas de 15.000 anos.

- Para seu conhecimento:
A tinta de pedra é feita de cacos de minério que forneciam as cores para as pinturas rupestres: os artistas raspavam as pedras para arrancar os pigmentos coloridos, o vermelho e o amarelo vinham do minério de ferro, o preto, do manganês. Misturado com cera de abelha ou resina de árvores o pigmento virava tinta.

Para baixar a apresentação sobre pré-história usada em aula clique em: "010_pre_historia".
Para baixar a apresentação sobre a Arte Pré-cabralina usada em aula, clique em: "010_pre_hist_brasil".
Para baixar texto com atividades sobre arte na Pré-história e na Mesopotâmia, clique em "2013_texto_ativ_05_hist_art_3EM"
Para Baixar um quadro de habilidades, técnicas e materiais do homem pré-histórico, clique em "2013_texto_ativ_05a_hist_art_3EM"

Veja também este vídeo, uma aula de introdução à arte, que aborda a pré-história, com a arte-educadora e apresentadora Elaine Gomes.



Elaine Gomes, graduada em artes visuais- FAAP; mestranda em arte e comunicação - ECA-USP; Especialista em A Arte de Contar Histórias; Radialista; Escritora e Contadora de Histórias; Docente em História da Arte e Cultura na Rede Senac, criadora dos cursos O Contador de Histórias e O Professor que Conta Histórias- Senac; Video/aula docente educação a distância rede UNYCA e no www.sampa.art.br ; Arte educadora: Itaú Cultural, OCA, Bienal, Pinacoteca, CCBB; Apresentações contando histórias: Cia. Porto Seguro, Rede Senac, Rede SESC, Livrarias Cultura, Livrarias Da Vila, Escolas Públicas e Privadas, Ongs, creches e museus. Apresentadora e produtora do Programa Mundaréu Cultura e Arte pela www.culturadebolso.org ; Programa Vitrola idealizado pelo Jornalista Toninho Spessoto e Apresentadora Programa Infantil QUE HISTÓRIA É ESSA pela All TV.

Abraço!

Fabio Vicente

Aula #009: Arte Moderna - Belle Époque, Simbolismo e Art Nouveau

No site Infoescola, encontramos esse resumo bacana sobre este período cultural, que reproduzimos na íntegra:

"A Belle Époque é normalmente compreendida como um momento na trajetória histórica francesa que teve seu início no final do século XIX, mais ou menos por volta de 1880, e se estendeu até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Mas, na verdade, não é possível demarcar tão rigorosamente seus limites, uma vez que ela é mais um estado espiritual do que algo mais preciso e concreto.
No Brasil, por exemplo, este período tem início em 1889, com a Proclamação da República, e vai até 1922, quando explode o Movimento Modernista, com a realização da Semana da Arte Moderna  na cidade de São Paulo. A Belle Époque brasileira é, no entanto, instaurada lentamente no país, por meio de uma breve introdução que começa em meados de 1880, e depois ainda sobrevive até 1925, sendo aos poucos minada por novos movimentos culturais.

Esta era é até hoje relembrada como uma época de florescimento total do belo, de transformações, avanços e paz entre o território francês, onde este movimento se centralizou, e os países europeus mais próximos. Surgem novas descobertas e tecnologias, e o cenário cultural fervilha com o aparecimento dos cabarés, do cancan, do cinema. A face artística é subvertida com o nascimento do Impressionismo  e da Art Nouveau. Em outras terras a arte e a arquitetura nascentes neste momento são conhecidas como obras de estilo ‘Belle Époque’.

No Brasil a ligação com a França é profunda nesta fase da História. Entre os membros da elite brasileira, era inconcebível não ir a Paris ao menos uma vez por ano, para estar sempre a par das mais recentes inovações. Em meados do século XIX, cinco importantes mostras internacionais organizadas na cidade-luz indicaram as novas inclinações estéticas aos artistas de todo o mundo.

Uma delas, a de 1855, revelou uma oposição entre os seguidores do neoclassicismo de Dominique Ingres e os do romantismo de Eugéne Delacroix. Este saiu vitorioso do embate, estendendo seu triunfo ao movimento cultural por ele representado. Nesta mesma exposição o artista Gustave Courbet, ao ver seus trabalhos rejeitados, montou próximo ao salão das obras expostas seu Pavilhão do Realismo. Em 1867 seus esforços são recompensados, pois neste ano ele e sua obra tornam-se o centro das atenções, com o êxito da escola realista.

Ao mesmo tempo, este período testemunhou a escalada do socialismo organizado e dos militantes operários. Os confrontos criados por este novo cenário, somados às controvérsias políticas então vigentes, geraram um posicionamento dos franceses entre a esquerda e a direita. Mesmo com esta tensão no ar, o contexto desta época é lembrado como a era dourada, subitamente abalada pelo início da Primeira Guerra Mundial.

Mudanças profundas marcam o cotidiano da Belle Époque, provocadas pelo aparecimento de novas tecnologias como o telefone, o telégrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, entre outras invenções. Paris se torna o centro cultural mundial, com seus cafés-concertos, balés, operetas, livrarias, teatros, boulevards e a alta costura inspirando e influenciando várias regiões do Planeta. Toda a elite intelectual consome avidamente os livros de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac, uma referência existencial para os que estavam sintonizados com os ares da Belle Époque."

Acrescentamos a informação de que esse período de prosperidade, fruto da revolução francesa e da revolução industrial, culmina com o homem sentindo-se mais poderoso através de novas descobertas: a Arqueologia está na moda e é financiada por Governos, Universidades, Fundações e Institutos. Este homem da passagem do século reescreve sua história através de bem-sucedidas expedições a sítios arqueológicos pré-históricos ou de grandes civilizações antigas como a Egípcia e os povos da Mesopotâmia.

Para baixar a apresentação sobre Arqueologia do século XVIII ao início do século XX, clique em "008_arqueologia"
Para baixar a apresentação sobre Simbolismo e o Art Nouveau, clique em "009_art_mod_simb_art_nouv".

Pincei um vídeo do Youtube sobre o Art Nouveau, do Prof. Fúlvio Pacheco, já apresentado em aulas anteriores e outro com um documentário sobre as 10 Maiores Descobertas do Egito Antigo.

Art Nouveau - Fúlvio Pacheco



As 10 Maiores Descobertas do Egito Antigo


Abraço!

Fabio Vicente